Sessão Pipoca #1: “Carrie: A Estranha”

Olá pessoal! Resolvi que vou fazer reviews de filmes também – afinal, por que não? – e estou dando início a uma nova sessão.

Hoje vou falar sobre o longa-metragem “Carrie: A Estranha”, lançado no ano passado, baseado na famosa obra da autoria de Stephen King em 1974, que já havia sido transformada em longa (1976) e em produção televisiva (2002). Trata-se de um filme de terror, suspense e drama, a respeito de uma jovem maltratada pela mãe fanática religiosa e abusada pelos colegas na escola, que descobre ter poderes telecinéticos, que levam ao acontecimento de uma grande catástrofe em Chamberlain, Maine.
O filme, dirigido por Kimberly Peirce e produzido por Kevin Misher, em minha opinião foi incrivelmente marcante.

Confira o trailer:




Ao contrário do esperado horror cru, me surpreendi ao encontrar no filme a atmosfera de drama e crítica social. Isso quebrou bastante o clima do filme, pois o que se procura com Stephen King é o horror.
Apesar disso, o elenco talentosíssimo, a trilha sonora e os efeitos fizeram do filme uma produção muito boa, e a partir de agora vou avaliar a nova versão como ela é, e não como a maioria esperava que fosse.



Minha primeira e mais forte opinião a respeito do filme foi: é de fato uma história muito triste. Mais do que qualquer outro aspecto, o drama é predominante. É possível sentir o desespero da personagem por reconhecimento e ajuda, por uma vida normal que lhe é negada tão veementemente.

Todo o conjunto de situações pelas quais Carrie (Chloë Grace Moretz) passa – a constante pressão de sua mãe obcecada (Julianne Moore), a humilhação na escola gerada por sua falta de conhecimento sobre menstruação e pelo caráter podre de seus colegas, e pelo ataque público feito a ela em seu momento mais feliz: o baile da escola, ao qual foi acompanhada do rapaz de que gostava por pura pena; tudo isso me fez sentir um aperto no peito ao assistir, uma agonia, pena e raiva imensas.

E, ao pensar na razão dessa reação ao filme, chego à conclusão de que, unida à atuação fantástica de Chloë Moretz e à dramaturgia incrível de Julianne Moore, a verdade por trás do show é cruel demais. A realidade de bullying que existe irrefreado em tantos lugares, dos psicopatas e sádicos que saem livres e impunes no mundo de hoje, por pura negligência... isso me entristeceu imensamente, e eu pude compreender a abordagem do filme: a humanização e a justificação das atitudes de Carrie White, com as quais somos levados a concordar em grande parte, não aprovando, mas compreendendo, o exagero e o ódio.


Cena entre mãe e filha - a atuação das duas fez do filme algo fantástico e tocante

Ao final do filme relativamente curto e pouco preenchido de acontecimentos, fiquei por algum tempo sem reação. Não soube o que fazer, a tristeza da produção ainda apertando meu peito e garganta.
Por isso, só posso concluir que o filme foi, de fato, muitíssimo bem produzido. Ele incita no público uma onda de sentimentos que não pode ser provocada facilmente.

Este é um filme ao qual jamais vou assistir novamente. Mas recomendo, caros leitores, que assistam, ao menos uma vez... é muito pesado, com certeza. Mas vale à pena brindar a obra, por mais inusitada e inesperada que tenha sido sua produção, com nossa atenção.




...Talvez apenas eu tenha sentido tanto o peso da história... e vocês, se viram, o que acharam?

Até mais, e espero que tenham gostado da review! :)




>>>> BÔNUS:

Para divulgar a produção, foi realizada uma pegadinha numa cafeteria, simulando um ataque telecinéticos de uma freguesa! Dêem uma olhadinha:





E foi feita também a versão brasileira, que ficou muito boa inclusive:




Como será que iríamos reagir a uma situação dessas? xD

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