Anime Review #1: Deadman Wonderland

Olá, leitores e leitoras! Hoje, finalmente estou postando uma das razões para eu criar o Blog Misfit: uma review de anime!

Agora, não pensem que vou falar aqui de animes gigantescos como One Piece, Naruto, Dragon Ball, ou Pokémon. Podem até ser assunto em algum momento, mas esses dispensam reviews. Não, eu pretendo falar de animes “menores”, sejam eles pouco ou muito conhecidos, por um simples motivo: compartilhar minha opinião, para, quem sabe, ajudar alguém a se decidir se quer ou não assistir aquele anime.

Porque eu sou assim: com tantos animes para assistir, é impossível escolher sem ter uma ideia de quais valem à pena. As sinopses ajudam, mas muitas vezes, animes com enredos que prometem muito vão ladeira abaixo no decorrer da história, e uma ótima ideia é jogada no lixo. Portanto, como escolher? Procurando reviews!

Então, sem mais delongas, vamos dar início à review de “Deadman Wonderland”!

Criado a partir do mangá de mesmo nome escrito por Jinsei Kataoka e ilustrado por Kazuma Kondou, o anime traz sua história situada 10 anos após um grande terremoto em Tóquio, que afundou 70% da cidade no mar. No que restou do lugar, foi construída a maior e mais inovadora prisão do país: nela, os detentos trabalham em um grande parque de diversões, chamado Deadman Wonderland, parte das instalações.

Este é o parque de diversões Deadman Wonderland. Acolhedor, não?

Nesse contexto, o jovem Ganta Igarashi, de 14 anos, na véspera de uma excursão da escola para o parque, passa por algo inacreditável: ouve uma música estranhamente familiar, que só ele pode ouvir, e na janela de sua sala de aula surge um ser encapuzado coberto de sangue, flutuando. E este vulto, que apenas ele vê, assassina brutalmente todos os seus colegas de classe, usando de um poder misterioso. Mas, ao invés de matá-lo como aos outros, implanta em seu peito uma estranha pedra vermelha.

Ganta desmaia, e, ao acordar, se encontra em uma horrível situação: por ser o único sobrevivente, nele recaem as suspeitas do assassinato, e ele é enviado para a prisão na qual antes passaria apenas um tempo feliz com seus amigos.

Promissor, não? Por isso decidi assistir.

E escolhi este anime  para fazer minha primeira review pois me surpreendeu: com um início que me enraiveceu, ainda assim foi capaz de mudar minha opinião com um desenvolvimento muito bom.

Ganta diante do júri e de sua sentença.

Porque primeiro me deu raiva? Simples: a maneira em que arranjam para que o Ganta vá para a prisão é absurda. Não há argumentação decente, fica mais do que forçado. Trata-se de um menino de 14 anos, que foi de fato ferido, mas sobreviveu, e foi encontrado entre os destroços da sala e da turma. Em que diabos de situação isso seria um indicativo de que ele é o assassino? Mas, devido a tramoias do suposto advogado do rapaz, ele é julgado culpado, odiado por todos os seus conhecidos, e mandado para a prisão.

Tá legal, o advogado é falso, é um agente da prisão, e enganou o menino e a todos, manipulou evidências e fez com que ele fosse condenado, importante para a história, mas não desceu, não deu pra engolir a forma como foi feito. Não sei se no mangá é melhor explicado esse trecho, melhor argumentado, mas duvido, ou teria sido reproduzido no anime.

Mas fiz um esforço e continuei a assistir... e não me arrependi. Após um começo que forçosamente levou ao enredo principal, este, por sua vez, não deixou a desejar. Afinal, quem não gosta de uma história de conspiração e de poderes especiais? Acontece que, nessa prisão, os condenados à morte são mantidos num sistema cruel: eles trabalham e participam de jogos e shows no parque de diversões por doces, que liberam substâncias que impedem suas coleiras eletrônicas de matá-los.

E, longe dos olhos do público geral, são realizadas batalhas. O perdedor, perde uma parte do corpo, a ser sorteada. Mas somente participam aqueles que possuem a habilidade de usar seu próprio sangue como arma. E, aparentemente, a pedra implantada em Ganta pelo misterioso vulto sangrento lhe deu este poder, razão pela qual ele foi enganado e preso: ele agora faz parte de um grande experimento.

Ganta lutando com seu sangue, que nesta forma é chamado de "ramo do pecado".

Ganta, Shiro, e outros detentos que possuem o mesmo poder.

Além disso, na Deadman Wonderland, Ganta conhece uma jovem menina estranha, Shiro, que se transforma em sua amiga. A trama se complica à medida que Ganta luta e conhece outros usuários do mesmo poder, planejam uma fuga, e surgem dúvidas quanto à verdadeira identidade de Shiro...

É uma história que prende a atenção e, com exceção da forma como Ganta é empurrado sem argumentação decente para a prisão e de o anime não encerrar realmente a história toda (fecha apenas parte dela; mas continua no mangá), é muito bem desenvolvida, cheia de reviravoltas e interessantíssima. Com personagens cativantes, sendo Ganta o típico menino inocente, que mantém o que consegue da sua pureza de coração em um universo de crueldade, e Shiro um mistério, que mais tarde se revela perigoso e imprevisível...

É um anime curtinho, tem apenas 12 episódios, com um desenrolar incrível, uma trilha sonora marcante (em especial a música de abertura), e um traço muito legal. Ainda pretendo ler o mangá e, quem sabe, voltar a falar a respeito. Vale muito à pena! :)

Deixo aqui a abertura do anime; a música se chama "One Reason", da banda Fade.